sexta-feira, maio 04, 2007

Lágrimas da saudade...



Quem é que nunca chorou de saudade?
Quem é que nunca sentiu o fio frio e gelado da lágrima no rosto quando recordamos momentos passados?
Quem é que nunca escondeu do mundo o seu olhar, inundado em gotas salgadas, que querem revelar os segredos nostálgicos, escondidos no mais íntimo da alma?
Mas então porque choramos quando recordamos?
Paramos de viver a nossa vida alucinada, para nos debruçarmos sobre o regaço consolador de nossas lembranças, e partimos para uma viagem pelos mares de memórias gravadas na intimidade da nossa alma, mas chega depois aquele momento em queremos resistir ao mar agitado que nos envolve…

Tarde de mais…
Começamos a sentir uma nostalgia que aperta o peito de tal forma que nos chega a sufocar, segue-se a saudade que mesmo que queiramos ignorar, insiste em nos encher o coração de fortes recordações, daqueles nossos intensos momentos. Por fim, somos vencidos pelos sentimentos que nos alastram e invadem a alma com fragmentos, inquietos, da nossa vida.
Fragmentos da nossa vida, que se dissolvem e desaguam no mar das nossas lágrimas, derretidas pelo calor, abrasador, do nosso coração e pelo fervor, intenso e rebelde, da nossa, jovem e irrequieta, alma. Por fim, as lágrimas, impossíveis de esconder, e que se por vezes são incómodas, noutras são consoladoras, e são ainda reveladoras e testemunhas fiéis, dos nossos sentimentos. Essas lágrimas, salgadas como o mar e belas como uma flor, confluem finalmente, no desabrochar dos nossos olhos revelando ao mundo esses momentos nostálgicos e saudosos das nossas vidas…
H. M.