domingo, dezembro 24, 2006

Feliz Natal!!!


Olá amigo(a)!!!!

Esta é uma grande noite!
Não, pela grande ceia que todos vamos ter…
Não, pelo reencontro das nossas famílias
Não, pelos presentes do pai-natal (o quê, ainda acreditas nisso?!?!)

Esta é a noite de Natal, esta é a noite da Luz! Sabes o que isso significa?
Há dois mil anos, talvez numa noite fria como esta, uma criança quebrou a gélida monotonia nocturna, com um choro de salvação, essa criança é Jesus Cristo, o Messias, que todos os anos insiste em nascer no coração de todos aqueles que aceitam a sua mensagem de Paz e Amor.

Por isso nesta noite “Alegremo-nos todos no nosso Deus, porque nasceu no mundo o nosso Salvador Jesus Cristo Senhor. Hoje desceu do céu sobre nós a verdadeira Paz!”

Com isto, desejamos-te um Santo Natal e um ano 2007 pleno de alegria e paz.

Humberto e Márcia

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Noite de Natal

Era noite, talvez fria… talvez chuvosa…
Um humilde casal corria a cidade,
procuravam um tecto para pernoitar
ela grávida, desesperava, ele aflito, corria
mas ninguém lhes dava guarida…!

a noite arrefecia, e Maria já não podia…
já fora da cidade foram dar a uma alpendrada
onde o gado já dormia e se abrigava da geada,
inquietos e admirados os animais acordaram
mas ao verem a calma e doce Virgem Maria
logo se acalmaram e dormiram…

Maria ficará no singelo acampamento
Esperava, orando, o momento,
Pois o tempo tinha chegado
José corria, exausto, na noite cerrada,
apanhava lenha para aquecer a alpendorada

Tinha chegado a hora!
Na solidão da noite um choro de criança entoou
Maria sustentava o menino no colo
e José comovia-se… tal era a alegria
o menino, pobrezinho, chorava do frio que tinha
então, José deitou a criança no berço da manjedoira,
aconchegada pela palha que lá havia,

Era noite, talvez fria… talvez chuvosa…
Os pastores dormiam, na escuridão nocturna
Esperavam a iluminada madrugada
No agasalho terno da fogueira
Vigiavam a noite, enquanto a cidade dormia

Naquela noite o céu estrelava mais que nunca
Eis que do céu, descem os anjos cantando
Ao menino, entoavam jubilosos hinos
Aos homens, anunciavam o Deus Menino

Pobres pastores, que monótona noite passavam
Levantaram-se assustados e admirados
ao verem aquela celestial manifestação
“Alegria no Céu e na Terra, hoje nasceu a Salvação”
Cantavam os anjos em delirante êxtase

Apressados, oss pastores correram ao verem a estrela
Que no cimo da alpendorada, fazia de sentinela
Chegaram… prostraram-se… e adoraram
O Menino Jesus, Deus, Nosso Senhor
N’Ele vidraram os olhares e contemplaram
Aquela maravilha
O menino, José e Maria!

Maria absorvia em seu coração
Cada um de todos aqueles momentos
José sorria ao ver o rosto de alegria
De todos aqueles que ao choro acudiam

Era noite, talvez fria… talvez chuvosa…
Talvez, uma noite como muitas noites
Iguais às de hoje… frias e chuvosas…
Com gente correndo, procurando tecto
Mas quase sempre sem sucesso…
Afinal a historia de à dois mil anos
Não parece estar desactualizada
Pois vendo bem está até muito actualizada…

sábado, novembro 18, 2006

Auto-Biografia - Parte I


Outono de 1978. Enquanto as árvores sacudiam as suas folhas velhas ajudadas pelo forte vento seco, enquanto o mundo cristão ainda celebrava a eleição de João Paulo II, como novo pastor da Igreja Católica Romana e, Alfredo Nobre da Costa era o Primeiro Ministro que tinha sucedido a Mário Soares. No universo benfiquista rejubilava-se com o regresso do capitão à Luz, Humberto Coelho, que trazia a esperança de conquistar mais títulos para glória do Benfica e em Portimão, no antigo Hospital, precisamente no dia 17 de Novembro uma nova criança entoava o seu primeiro grito de vida, era eu, Humberto Martins.

E hoje dia 18 de Novembro, um dia após o meu vigésimo oitavo aniversário escrevo estas linhas, recordando intensamente e nostalgicamente os meus dezoito anos.

Passaram dez anos, tinha aquela ansiedade de descobrir e adquirir a tão esperada liberdade da idade adulta, enfim fantasias de qualquer adolescente em plena flor da idade, no entanto, passados todos estes anos, e pensando tudo mais a frio, reparo que a liberdade não estava na idade mas sim na personalidade, personalidade essa que se constrói com a idade e com o saber gerir essa liberdade, que afinal não é tão livre assim como pensamos, pois até a própria liberdade tem os seus limites, agora basta descobrir os modos de gozá-la dentro dos limites…

terça-feira, outubro 31, 2006

Momentos...


Um dia é feito de momentos,
Um ano resume-se a momentos,
Uma vida é um acumular de tantos momentos,
uns felizes outros menos felizes,
mas todos eles vão sendo guardados no baú da memória,
que de quando em vez abrimos
para celebrar a nostalgia de tempos que já lá vão,
pensar em tudo aquilo que poderíamos ter feito e…
chorar momentos ou instantes alegres ou tristes das nossas vidas!

Hoje é um desses dias,
em que abro o meu baú da memória,
vasculho naqueles nossos dias de namoro,
e no dia 31 de Outubro de 2004,
em que decidimos fundir com o nosso matrimónio
duas vidas, dois horizontes, dois mundos num só,
Foram momentos de alegria, em que celebramos
Com amigos, com aqueles que sempre lá estiveram
E sabemos que sempre lá irão estar,
Foi um momento único, ímpar e impossível de repetir
Porque cada momento é singular e jamais se repete,
Basta-nos aproveitá-lo e depois guardá-lo,
Para mais tarde recordar,
Como o dia de hoje…

(Dedico este post à minha esposa Márcia,
Obrigado por existires)

domingo, setembro 17, 2006

Um mar de estrelas...


Voltamos ao mar… numa tarde de verão passamos junto a uma doca, e ali ficamos a nos deliciar com aquele quadro maravilhoso… fechamos os olhos… entramos no pequeno barco, arrastados pelo rasto de estrelas cintilantes que se espalhavam no mar, ao sabor da doce brisa, do calor ameno do pôr-do-sol e envolvidos no baile encantador das gaivotas… partimos pelo mar dentro.

Ali ficamos os dois…
navegando na nossa imaginação,
desfrutando daquele momento único,
arrepiados pela confluência relaxante de sons e aromas marítimos,
perdidos num rebuliço de sonhos,
confundidos entre o azul forte do mar e o celeste do céu,
afogados no infinito oceano
arrebatados nas asas das gaivotas
e desejosos para que o momento não terminasse…

Mas terminou… regressamos novamente ao cais, atracamos o nosso barco de sonhos, olhando mais uma vez para trás, contemplamos novamente toda aquela beleza e prometemos voltar a navegar no nosso barco de sonhos naquele mar de estrelas cintilantes…

E assim acordamos, abrimos os olhos e continuamos o nosso passeio de fim de tarde…

terça-feira, setembro 12, 2006

Hoje... neste momento...

Hoje…
Neste momento…trocava tudo para…

Fazer tudo aquilo que ainda não fiz
Reviver o meu passado recente e feliz

Ser aquilo que nunca serei
Executar tudo o que já pensei

Voltar a estar com aqueles que já não estão
E aos que abandonei pedir perdão

Viajar pelo mundo nas asas de um condor
e ter o poder de espalhar amor pelo universo

Chorar, pelos momentos em que me fiz forte
Quando teria sido melhor ter alguém que me desse conforto

Sorrir, de tudo aquilo que me fez e faz feliz
E até mesmo para as situações mais infelizes

Hoje…
Neste momento… porque amanhã não sei como vai ser…
Quero aproveitar cada instante, não como se fosse o último mas o único!

terça-feira, setembro 05, 2006

Cumplicidades I

Sempre tivemos grande admiração pelo mar, o imenso lençol azul que se estende para alem do horizonte, o momento único do sol a entrar e a se derreter quando se deita no mar, a força das ondas abraçando as rochas, o som das pequenas vagas morrendo no areal, o cheiro refrescante do mar, a solidão das dunas e o escutar do grito estridente das gaivotas.

Por outro lado somos apaixonados pelo campo, adoramos fugir do rebuliço do Algarve para nos envolvermos no tranquilizante Alentejo, nem que seja só para passear! É fantástico olhar a planície dourada, salpicada pela solidão de sobreiros isolados no mar de restolho, o aroma regenerador do feno, o exemplo maternal de uma cegonha que acaba de poisar no seu ninho para alimentar a sua cria e a simpatia e humildade das gentes do nosso Alentejo.

Enfim um emaranhado de cumplicidades que nos completam e revigoram as nossas almas.

Férias no Algarve

Setembro esse mês fatídico para tantos portugueses que após um período de férias à beira-mar lá tem que voltar à dura realidade, aturar o chefe, stress do transito de casa para o escritório e vice-versa, o regresso às escolas, etc, etc,

Para trás ficam umas ferias nestas praias douradas algarvias, que todos os anos tentam proporcionar o máximo de bem-estar por quem lá passa, mas não é fácil…

Ora! Era aqui que queríamos chegar, no passado sábado aproveitamos a nossa folga semanal para irmos, como sempre, até á Meia-Praia, em Lagos. Quando lá chegamos reparamos que um grupo de quatro jovens tinham ficado a pernoitar na praia, até aqui tudo bem… Por volta da uma da tarde, quando regressávamos para o carro, reparamos que aqueles jovens tinham acabado de deixar o local do acampamento e também eles se deslocavam para um carro de matricula espanhola. Agora vem o caricato da história, os rapazes tinha montado as tendas a dois três metros de um balde do lixo, mesmo assim conseguiram deixar o lixo no areal quando foram embora… “o balde deve estar cheio” comentamos nós, qual quê abrimos o balde por curiosidade… estava praticamente vazio, como era de esperar…

E depois vêm dizer “Ah e tal as praias estão sujas!”; ou então “ Esta praia é só beatas de cigarros” mas depois sacam do cigarro, fumam, intoxicando os que estão ao lado, e no fim apagam e enfiam o cigarro na areia… bonito não é!?!?

Se por acaso alguém ler isto e costuma vir passar férias para o Algarve, coloque a mão na consciência e ajude a preservar o que ainda temos de bom neste país…

O Algarve agradece!

sexta-feira, julho 14, 2006

Olha à bolinha… quentinha!!!


Estamos em pleno Verão, os dias estão maiores, o sol parece mais brilhante, o calor é abrasador, os termómetros passam os 35 graus e a água da praia convida a uns refrescantes e agradáveis mergulhos…
Há dias estava eu deitado e a destilar debaixo do chapéu-de-sol, numa praia do barlavento algarvio, quando ao longe ouvi alguém a gritar algo que não conseguia perceber no entanto e como é costume devia ser o homem dos gelados… «Aí vem o homem dos gelados!... Calha mesmo bem, com este calor…!» pensei eu, já o meu pensamento se deliciava com o refrescante gelado, quando reparo que em vez da tradicional arca de gelados e do tradicional «Olh’ó gelado!... fresquinho!», agora é um inovador cesto de verga com bolas de berlim (mas sem recheio) e « olh’á bolinha!... quentinha!».
Acham isto normal?!? Eu acho um absurdo, vejam se conseguem visualizar a cena, 11.00 da manhã, um sol abrasador, 33 graus à sombra, a água que tinha levado para a praia às 9.30 da manhã tinha ficado ao sol, apesar de ter refrescado o corpo com a água do mar, era impossível beber a água salgada… enfim tudo estava bem se não fosse a secura, surge um individuo de t-shirt branca e algo na volta do braço ao longe «Finalmente um gelado!», quando ele se aproxima, levanta a tampa do cesto e tira um bola cheia de óleo e açúcar para dar a uma criança, fiquei desolado e transtornado a imaginar-me de boca seca a mastigar um bolo de massa seca, quente (não do forno mas sim do calor), oleoso, cheio de açúcar… e pior sem nada para beber!!!! Agora vejam isto a duplicar ou a triplicar… sim porque não é só um a vender… resumindo isto é como os gelados mas em vez de serem gelados fresquinhos, são bolinhas quentinhas…

quinta-feira, julho 13, 2006

Selecção com isenção para bem da nação…!!!

Terminou no passado dia 9 de Julho o Mundial de Futebol, coincidência ou mera casualidade a nossa selecção chegou a Portugal no dia da final, um dia depois de ter perdido o jogo com a anfitriã (Alemanha), no jogo que apurou o 3º e 4º lugar.
Ora precisamente no dia 9 um pouco antes das 13.00 da tarde liguei o televisor para me distrair um pouco e talvez para esquecer a angustia da noite passada… pois bem foi impossível todos os canais estavam a transmitir em directo um multidão em êxtase que esperava torridamente e desesperadamente o avião que trazia os “nossos conquistadores”. «Ok! Quem não esteve a par do mundial e liga-se agora o televisor, julgaria que Portugal tinha ganho o campeonato do Mundo… com toda esta algazarra….?!?!» pensei eu.

Segunda-Feira dia 10-09-2006, Alguns minutos antes das 09.00, entrei no meu carro, liguei o rádio e lá ia eu para o trabalho, oiço a noticia que a Federação Portuguesa de Futebol, iria solicitar ao governo a isenção de imposto aos prémios de jogo (50.000 euros por jogador) dos jogadores e restante Staff da selecção participante no mundial, isto porque alegam que o 4º lugar alcançado por Portugal dignificou o país e que os jogadores mereciam um prémio pelo feito “histórico”… palhaçada!!!

Típico português, «Epá, conseguimos um 4º lugarinho muito bom!!!» mas não temos nós jogadores que poderiam chegar à final, jogadores esses que jogam em grandes colossos europeus ou nas melhores ligas europeias? Faz-me recordar o Euro 2004, grandes jogos mas no fim a humildade ganhou a confiança… bom para já nem falar do Mundial de 2002…

Até parece que quem trabalha não o faz para o bem da nação, e depois ainda tem outra, os próprios jogadores sabendo da crise que o país ultrapassa (claro que crise deve ser coisa que não consta nos seus dicionários), deveriam ser os primeiros a ponderar esta questão da isenção, sendo eles os “heróis” do povo.

Espero que o nosso governo aguente firme na sua decisão de rejeitar pedido tão egoísta e descabido.

Tenho dito.

sábado, abril 22, 2006

Refúgios...


Todos nós temos refúgios,
Todos nós nos escondemos,
Todos nós fugimos
Todos nós temos espírito de evasão
Todos nós temos o nosso mundo…

Quando éramos crianças vivíamos num mundo de aventuras; criávamos os nossos esconderijos; imaginávamos grandes epopeias; fugíamos da realidade diária para entrar no nosso mundo imaginário, no nosso refúgio; por vezes éramos heróis e noutras vilões…

Não conhecíamos o conceito de rotina diária, semanal, mensal, ou até, e porque não, anual…! Não tínhamos rotina, não pensávamos no dia de amanhã, vivíamos cada instante como se fosse o último… fazíamos o nosso mundo, fabricávamos os nossos sonhos, construíamos as nossas fortalezas, os nossos refúgios…

Os nossos ideais eram únicos e ímpares, a nossa ingenuidade fazia-nos reger com as nossas próprias leis, que os mais velhos muitas vezes criticavam, e nós não entendíamos tal incompreensão…

Enfim, eram mundos imaginários que nós criávamos e que qualquer criança também cria… quer seja rica ou pobre, quer viva no ambiente de paz ou guerra, toda a criança tem os seus sonhos, mundos, refúgios…

E agora?! Não continuamos a tê-los?

Somos um casal jovem, com 25 e 27 anos. Há cerca de oito anos atrás resolvemos compilar todos os nossos sonhos e mundos num só, ambos tivemos que ceder certos e determinados “tesouros” de infância, saímos dos nossos refúgios pessoais para nos refugiar, quando necessário, um no outro, numa cumplicidade ascendente…

São alguns desses nossos momentos de “refugiados” do mundo que queremos partilhar neste blog, revelar um pouco do nosso mundo ao mundo, expressar alguns dos nossos sonhos, enfim abrirmos um pouco das portas dos nossos palácios, castelos, fortalezas… refúgios, a todos vós…

Obrigado.