quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Há dias assim...

Há dias em que a monotonia e rotina nos arrastam para um pesaroso mal-estar físico e espiritual:

- Esta vida é sempre a mesma, não passa disto… já aborrece! – Desabafamos para nós mesmos, colocando no rosto uma máscara de degredo que nos isola como se fosse uma redoma, impenetrável.

Depois do isolamento, vamos executando as tarefas rotineiras como que fossemos máquinas, tudo sai de forma inconsciente, vagueamos pelos nossos compromissos sociais como se fossemos autênticos animais irracionais, fazemos porque temos que fazer … é a lei natural da vida em sociedade.

Mas esses dias são um deambular amargo, que aguarda pelo breu da noite, e pela fadiga angustiante do dia que, por fim, nos consome num sono profundo que só se perturba quando a fria madrugada, que mistura o húmido nevoeiro com os finos e acutilantes raios de sol, irrompe pela vidraça molhada, pelo calor dos nossos sonhos avassaladores, despertando para um novo dia... que esperamos ser melhor que o anterior.

Não sei porque estou a escrever isto… mas foi pura intuição… talvez um dia destes escreva sobre como fugir a este flagelo que nos consome a alma…

Mas já agora… Já tinham pensado nisto?

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